domingo, 13 de janeiro de 2013

Despedida

Olá pessoal!! 

Este é um  post de despedida. Depois de cerca de 1 ano e meio utilizando o blog dentro em breve ele será desativado. Não é uma má notícia, pelo contrário, é com prazer que digo que todo o conteúdo do Blog além de outros estão agora disponíveis em meu Site que eu convido todos a visitar, comentar e compartilhar os posts que gostarem! 

A partir de agora os Escritos Esparsos tem uma página própria! Vocês poderão acessar através do seguinte endereço:













Faça uma visita agora mesmo!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Prefiro a Loucura

Tenho a estranha mania de me nomear louco. Talvez porque não suporte a normalidade, o comum. Inda mais quando este dito normal corrompe aquilo que tenho de mais precioso, os meus princípios e valores. Prefiro a loucura dos sábios, daqueles que se indignam, dos que se insurgem. Prefiro a loucura daqueles que não se acostumam ao caos. Prefiro a loucura dos que se entregam à poesia, aos versos. A loucura dos poetas e filósofos. A loucura dos que são chamados loucos por se mostrarem, por colocarem os sentimentos em palavras, em gritos, em atos. Por isso me chamo louco, poeta, leitor. E a quem queira me dar também tal alcunha, pra mim elogio, e me chamar de louco, de estranho, agradeço sobremaneira, pois que prefiro a minha loucura e a minha estranheza à terrífica realidade de ser normal.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Reflexões Noturnas


Às vezes buscamos respostas às perguntas da vida, às questões primordiais. Quem somos? Por que estamos no mundo? Qual nosso propósito neste planeta que nomeamos Terra? E tais questionamentos nos levam a outros. Por que levantar de nossas camas diariamente e enfrentar o mundo se muitas vezes não o queremos? Por que continuar a rotina louca que nos deixa estressados e muitas vezes a ponto de estourar nossas próprias cabeças? Por que não gritar ante a tudo que nos impele a tal ato? A verdade é que a algo que nos impede e nos mantém presos. Um instinto que nos diz que não é certo fazê-lo. Mas este é mesmo um instinto, ou tão somente nossa cultura ditando o certo e o errado? Ora, o instinto nos manda o contrário, pede que nos libertemos, que demos vazão aos gritos que nossa alma almeja colocar pra fora do peito. É certo que não é o grito a que me refiro, mas sim a que, mesmo que não sempre, deixemos que os brados saiam, ainda que silenciosos em sua forma, e que a rotina seja quebrada, seja transposta. A resposta às questões iniciais certamente não está na rotina diária, talvez esteja mais próxima a nossos instintos, a essas premências de nossa natureza humana. Certo também é que tal resposta não se limita a nossa compreensão limitada do que seja uma resposta, como um conceito que nos é apresentado. A vida ainda é mistério que nos surpreende diariamente. Talvez nem sequer haja uma resposta tal qual nossa visão humana queira encontrar. A rotina faz parte de nós nessa busca, é uma resposta. São rituais aos quais nos submetemos e acostumamos esperando que seja o certo a fazer. Talvez até seja, quem sou ou é qualquer um de nós, meros recipientes de uma alma inquieta, para dizer o que é certo ou errado. Ainda assim, tal rotina deve ser rotineiramente quebrada, transposta, pra dar vazão aos anseios daquela mesma alma inquieta a qual me referia. Por fim deixo aos caros e pacientes leitores que me acompanharam até aqui um último conselho. Deixem sair de suas gargantas um grito, um brado de lamurio, de angustia, de raiva, de alegria qual seja o sentimento que inunda tua alma neste momento. Usem o grito como um sinal, como um meio de libertação da rotina costumeira. Talvez esteja aí o início daquela resposta que almejas.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Escuridão

Existe esse vazio
Que nada preenche
Existe essa solidão
Que insiste em ficar

Existe esse medo
Que não vai embora
Existe essa tensão
Que me acompanha

Existe tudo isso
Que não sei nomear
Existe essa coisa
Que não me deixa respirar

Existe esse passageiro
Lado obscuro de mim
Existe essa escuridão
Pra qual é difícil dizer não

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Audazes, Tomai Cuidado

Audazes andantes
Das madrugadas errantes
Tomai cuidado
Na encruzilhada adiante
Com tropeços gigantes
E armadilhas reinantes

Audazes caminhantes
Dos becos distantes
Tomai cuidado
Com os habitantes
Com os diferentes
Com os semelhantes

Audazes pensantes
Das noites insones
Tomai cuidado
Nos caminhos da mente
Com sonhos pedantes
E pensamentos ardentes

Audazes combatentes
Das lutas sem chance
Tomai cuidado
Nos ringues arfantes
Com adversários infames
E pelejas sem nome

Ser Humano em Vídeo

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ser Humano

Sou ilha em meio ao oceano
Sou dessa raça excomungada
Desses tais Seres Humanos

Sou água no meio do deserto
Diferente sob diversos ângulos
Tenho a alcunha de Ser Humano

Sou ego desses sem tamanho
Ilha deserta dos mares distantes
Caso típico de Ser Humano

Proclamo a independência
Me deserdo deste destino tirano
Quero ser um mero humano 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sob a Sombra das Árvores

Deitado sob a sombra das árvores
Observando entre o verde o azul do céu
O emaranhado de galhos formando cadeias
Uma rede de desenhos infindos e naturais

Pássaros fazem desses galhos o seu lar
Numa complexa simplicidade sem par
Os pássaros rapidamente trocam de galho
Como estivessem brincando de pegar

Algumas folhas caem devagar
Simplesmente vão caindo sem pressa
Alcançam o chão num movimento circular
Caem serenas seguindo a corrente de ar

Deitado sob a sombra das árvores
A calmaria invadindo o pensar
Num momento de devaneio
Num raro momento de paz

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Fora de Alcance

Há dias que as palavras não me alcançam
Já não mais transparecem em versos e rimas
Já não me saem como outrora em cascatas
Traduzindo as turbulências de minh’alma

Há dias que o sentimento ficou mudo
Se calou como se chegasse a um muro
Dali em diante já não há mais caminho
Não há palavras que alcancem o destino

Há dias reina o terrífico silêncio
Já não há mais sobre o que desabafar
Não há mais paixão que machuque
Nem beleza que se mereça falar

Há dias que as palavras não me alcançam
Não sei dizer o quanto isso é bom ou ruim
Não sei quão bom é deixar de sofrer
Nem quão tenebroso é deixar de sentir

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Quero Simplesmente Ser Eu Mesmo


Hoje não estou a fim de meios termos. Quero um sim ou um não. Quero dizer a mim mesmo quem sou e o que sou, sem parênteses, sem espaços pra meias verdades, pra senões e afins. Quero dizer a quem queira ouvir. E quem não quer que não perca seu precioso tempo. Vá fazer suas coisas. Cuidar de sua vida. A quem continua me ouvindo digo que estou cansado. Cansado de máscaras, dos personagens dos quais nos travestimos diariamente. Bancários engomados, professores mal pagos, estudantes anarquistas, esquerdistas, centristas, de direita. A quem ainda está aí rogo que se desfaçam das máscaras, da maquiagem, dos meios termos. Se travistam de si mesmos. Sejam verdadeiros, honestos. Não sorria porque é isso que se espera de você. Sorria porque tem vontade, pelo que te dá prazer. Chore quando lhe aprouver. E não diga sempre: não foi nada, está tudo bem. Grite. Esperneie quando tiver vontade. Xingue. Extravase. Dê socos no ar. Não se importe se te chamarem de louco. No fundo terão inveja de sua coragem. Hoje não quero meios termos. Quero um sim. Um basta. Chega de máscaras, de artifícios, de sorrisos amarelos. Os personagens que fiquem de lado, porque eu quero simplesmente ser eu mesmo. 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Olhar Cruzado

O meu olhar atravessou o seu
Senti na hora que algo mudou
Como nascesse nova esperança
Como viesse uma grande mudança

Mas num instante tudo se perdeu
Você seguiu o seu caminho e eu o meu
Desde aquele momento busco teu olhar
Procuro feito louco o que me fez flutuar

Eu não sei seu nome, apenas vi o seu olhar
Mas como nas mágicas você sumiu no ar
Agora sou um louco que vive a procurar
Por um olhar cruzado que me faça sonhar

terça-feira, 22 de maio de 2012

Superficialidade do Ser

Às vezes me escondo em um sorriso
Numa superficialidade sem sentido

Às vezes me sinto meio perdido
Meio sem chão, sem um destino
Meio badalo, meio sino

Às vezes me sinto um inquilino
Da minha mente um assassino

Às vezes me sinto meio ave de rapina
Vilão perverso de mim mesmo
Herói da minha própria sina

Às vezes me arrisco
Meio adulto, meio menino

Às vezes só me rabisco
Nessa superficialidade sem sentido
Meio maleável, meio arredio

terça-feira, 1 de maio de 2012

Perder o Chão ou Estenda a Mão

É triste perder o chão
Vê-lo se abrir ante a si
Cair no abismo da solidão
Correr sem ter pra onde ir

É triste perder a o chão
A bússola que nos guia
 E ainda assim continuar
E ainda assim caminhar

É triste perder o chão
Perder o foco, a referência
Perder o freio, perder a razão

É triste perder o  chão
Vê-lo se abrir ante si
É triste cair, mas melhora
Quando alguém estende a mão

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Não Se Entregue

Cave fundo
Se enterre
Esse medo
Da intempérie

Desça mais
Vá com tudo
Não se deixe
Se entregue

Cave mais
Seja breve
Se esconda
Da intempérie

Desça o poço
Cave a fossa
Não tropece
Não se olhe

Cave, cave
Mais, mais
Corra, corra
Se acovarde

Ou erga-se
Encare tudo
Olhe o mundo
Não fique mudo

Ou erga-se
Grite
Esperneie
Se revolte

Ou erga-se
Olhe a volta
Se encoraje
Não se entregue

domingo, 8 de abril de 2012

É Que Às Vezes a Gente Espera

É que às vezes machuca
A expectativa que murcha
As promessas sem fim
Sem objetivo de cumprir

É que às vezes faz mal
Quando alguém é especial
Mas é máscara que esconde
Debaixo da carapaça o real

É que às vezes a gente não vê
Ou não quer mesmo enxergar
Daí entrega-se sem medo
Esquece os muros e deixa entrar

É que às vezes a gente espera
Sabendo que não deve esperar
Mas aí é que a gente aprende
Que nós mesmos devemos voar

terça-feira, 3 de abril de 2012

Porto Seguro

Porto seguro, um abrigo, um abraço.
Pra matar a saudade, pra matar a vontade.
Porto seguro, um aconchego, um sorriso.
Pra se livrar do cansaço, pra se livrar dos fardos.  
Porto seguro, eu procuro um.  Um porto seguro.
Onde calmamente eu possa chegar. E que me receba doce.
Que me afague os cabelos. Que me olhe nos olhos.  Que me compreenda.
 Porto seguro, eu procuro um. Todos procuram.
Que seja maresia na tempestade. Que seja brisa no turbilhão.
Que seja alento nas horas difíceis. Que seja companhia nas horas alegres.
Porto seguro, eu procuro um onde eu possa me encontrar.

domingo, 1 de abril de 2012

Sou Eu Mesmo

Não sou de artifícios
Não preciso me esconder
Eu sou o que sou

Sou poeta, sou romântico
Sou criança, sou velho
Sou grão de areia, sou gigante

Não sou de artifícios
Eu sou quem eu sou
E não tenho medo de sê-lo

Sou ator, sou inteiro
Sou poeta, eu escrevo
Sou dramático, sou eu mesmo

quinta-feira, 29 de março de 2012

Às Vezes Estranho

Às vezes estranho
Do estranhar verbo
Às vezes estranho
Do substantivo diverso

Às vezes amável
Do trato agradável
Às vezes amargo
Do peso do fardo

Às vezes calado
Do grande enfado
Às vezes calado
Do caso pensado

Às vezes pedante
Do amor escravo
Às vezes distante
Do mesmo lado

Às vezes caminho
Do verbo andante
Às vezes caminho
Do substantivo difícil

terça-feira, 27 de março de 2012

A Viagem

A estrada passa rápida
Mal vejo as luzes dos carros
Velozmente tudo fica pra trás
As montanhas mudam de forma
O céu de repente muda de cor

Era dia, agora já é noite
As nuvens dão lugar às estrelas
A lua se aproxima no horizonte
Cidades aos poucos ficam pra trás
Suas luzes são como estrelas no chão

Pelos vidros eu vejo a estrada
As curvas, as retas, as paradas
As cidades, as luzes, os carros
O céu, as montanhas e as estrelas

Pelos vidros eu vejo a vida passar
Célere, com pressa de chegar
E assim segue-se a viagem
Em busca do nosso lugar

domingo, 25 de março de 2012

Liberdade

As cores se misturam
A aquarela se forma
Miscelânea incrível
Visão do paraíso

O infinito parece perto
Não existe impossível
A liberdade é evidente
Mistura de horizontes

As cores se misturam
Os quadros se multiplicam
A visão não tem mais limite
Tudo isso é a liberdade

sábado, 24 de março de 2012

Plantação

Olha as campinas verdejantes
O trabalho do homem do campo
A terra que acolhe a semente
O broto que cresce contente

O Sol que alimenta a planta
A chuva que umedece o chão
Num ciclo perfeito e belo
Que dá vida à plantação

O homem prepara o solo
Rega a semente no chão
No chão planta esperança
Planta seu ganha pão

Bela a vida do homem do campo
A esperança que brota do chão
Alimento do rico e do pobre
A sua luta não faz distinção

sexta-feira, 23 de março de 2012

A Música

A música toca a alma
Os acordes transcendem
A mente relaxa e viaja
Todo o cosmos vibra

A música toca a alma
O erudito e o popular
Ela não distingue raça e credos
Toca a todos de modo singular

A música toca a alma
Toca fundo, às vezes trás lágrimas
O embalo dos amantes e dos saudosos
O refúgio dos compositores

A música toca a alma
Orquestras, sinfonias, violas e guitarras
Fortes e pesadas, suaves e calmas
Letras, acordes, melodias

A música transcende o tempo
É tal qual a doce poesia
Toca a alma de quem ouve a melodia

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Saudade do Que Não Foi

Tenho saudade de tudo que não foi
Do beijo que nunca te dei
Do carinho que eu nunca fiz

Tenho saudade de tudo que não foi
Do que ficou apenas na vontade
Do que me fez sonhar acordado

Tenho saudade de tudo que não foi
Do amor que ficou só no sonho
Da alegria que não compartilhamos

Tenho saudade de tudo que não foi
Do beijo, do carinho, do sonho, de tudo
Tenho saudade, mesmo que jamais tenha sido

Decisão

Eu insisto
Em um sentimento sem futuro
É mais forte do que eu,
É mais forte do que tudo
Eu insisto nesse fardo,
Nesse sentimento errado
Eu sei que é hora de deixar pra trás
Mas tudo é tão complicado

Minha vontade não importa
Não obedeço a mim mesmo
Insisto no que eu não posso ter
Parece sina que me persegue
Que não me deixa em paz
Quero encontrar outro conforto
Um outro alguém, um novo rosto

Por mais que procure
Ainda que eu tente
Toda vez que eu suspiro
É você em minha mente
Todo sonho que eu tenho
Cada conquista e emoção
É com você que quero dividir
As alegrias e as ilusões

Eu sei que devo deixar pra trás
Mas por um tempo
Ainda vai permanecer
O sentimento não é pouco
Não é fácil esquecer
Eu te juro eu tentarei
Eu não quero mais sofrer
Por mais que seja difícil
Sei o que tenho que fazer

Escolhas

Encruzilhadas
O que é melhor
Escolhas
Caminhos
Destinos

Decisões que chegam
Embaralham a mente
E as escolhas definem
O destino a frente

Encruzilhadas
O que é melhor
Armadilhas
Pontes
Estradas

Decisões que chegam
Pra mudar o que se sente
E são nossas escolhas
Que mudam a vida da gente

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Quero Lhe Falar

Quero lhe falar do que aprendi
Com as surras que vida me deu
Com os desamores que ganhei
Com os pontapés do destino cruel

Quero lhe falar do que perdi
Das horas que fiquei debruçado
Sobre folhas de papéis espalhados
Pondo meu amor em versos calados

Quero lhe falar do que senti
Da aceleração que me dá no peito
Da alegria infantil quando te vejo
Da força que tem esse meu desejo

Quero lhe falar do que aprendi
Da força que tem um sentimento
Da dor que acompanha o não
Do gelo que quebranta o coração

Quero lhe dizer tudo isso
Das lições que eu aprendi
De tudo que sem perder eu perdi
Desse sentimento que eu senti

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Por Que Te Amo

Por que te amo, vais me perguntar
E como quem ama não saberei responder
Pois que simplesmente amo, não há um por que

Por que te amo, vais me perguntar
E como quem ama não vou poder lhe dizer
Pois que em palavras não consigo descrever

Por que te amo, vais me perguntar
Por que insisto, por que não desisto
Por que me calo e continuo ao seu lado

Por que te amo, vais me perguntar
Por que resisto ao silêncio e ao desamor
Por que me entrego, por que suporto tanto

Por que te amo, vais me perguntar
E como quem ama não saberei responder
Pois que apenas amo, eu não sei o por que