sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Contagem Regressiva

É uma morte anunciada
Que não surpreende em nada
Vai morrendo aos poucos
Uma parte a cada dia

E a gente nem liga
Vai vivendo a lida
Mas sabe que vai esvaindo
Cada dia é menos um na vida

Respiração ofegante
Os últimos suspiros
As últimas horas
Os últimos minutos

E a gente vai contando
Até que cheguem os segundos
Então a gente faz o dez, nove, oito
Até que chegue enfim o um

Daí então já não é morte
Que se anuncia
É vida que se renova
Em mais uma contagem regressiva

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Esse Tal de Amor

Às vezes me pergunto se o que sinto é amor. E sinceramente não sei responder. Não é possível explicar essa sensação boa. De se sentir bem só de estar ao lado. Só de estar junto. De se descobrir com um sorriso nos lábios quando a mente evoca um momento qualquer. E se chamar de bobo por ter esse sorriso aos lábios. Não da pra explicar esse sentimento. O sorriso que vem aos lábios só de ver o seu. A vontade de ouvir a sua voz indefinidamente. Sem se importar pelo fato de apenas escutar. É sublime essa vontade de ouvir, simplesmente ouvir o som de sua voz. Essa paz e ao mesmo tempo essa inquietude que me faz sentir. Deve ser algo parecido com isso que chamam de amor. Mas realmente não sei se o é. Quero apenas continuar com esse sentimento bom. E que o tempo me mostre se o que sinto é ou não esse tal de amor.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ano Novo

Novos ares, Novas atitudes
Promessas que nos fazemos
E raramente cumprimos

Proponho uma mudança
Não se prometa nada novo
Nem se cobre pelo que ficou

Apenas respire o ar do novo ano
E com esse ar em seus pulmões
Sorria, apenas sorria, e sorria de novo
Porque um ano novo está começando

domingo, 25 de dezembro de 2011

O Olhar Mudou

O amor foi chegando
Aos poucos, passo a passo
Sem pressa de ser amor
Deixando-se ser sem alardear

O amor foi acontecendo
Sem alarde, sem aviso, sem pressa
Suavemente foi tomando seu lugar

E então por fim se fez amor
De uma vez, sem avisar
E assim mudou tudo
E assim mudou o olhar

Paz

Paz, simplicidade máxima da complexidade
Necessário tanto para obtê-la
Ou nada também, dependa da vista

Há quem precise de muito
E há quem a encontre com pouco

Há quem se contente com dinheiro
Há quem só precise de um sorriso

Paz, subjetividade máxima de cada um
Com muito ou com pouco
Cada um tem a sua propria

E o muito que buscamos
É esse pouco que encontramos
Nessa enormidade de palavra
Resumida tão sublimemente como paz

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Esse Alguém

Alguém se importa?
Alguém me escuta?
Alguém presta atenção?
Alguém entende?
Alguém realmente olha?

Ninguém se importa
Ninguém escuta
Ninguém presta atenção
Ninguém entende
Ninguém realmente olha

Não se importe
Não escute
Não preste atenção
Não entenda
Não olhe

Assim quem sabe
Alguém se importe
Alguém escute
Alguém preste atenção
Alguém entenda
E esse alguém te olhe

domingo, 18 de dezembro de 2011

Grito Às Paredes

Grito às paredes
Meus infortúnios
Elas não me ouvem
Ficam indiferentes
A meus insultos

Grito às paredes
Meus desabafos
Elas não reagem
São insensíveis
Com meu fardo

Grito às paredes
Eu brado e as insulto 
Desesperado
Com seu silêncio
Mas elas permanecem
Duras, distantes e frias

sábado, 17 de dezembro de 2011

Faço Poesia, Não Me Chamo Poeta


Faço poesia
Não que pretenda ser chamado poeta
Nem sei se mereço tal alcunha
Não sou digno de meus doutos mestres
Os grandes e assim tidos eternos

Peço perdão aos grandes poetas
A Shakespeare e Pessoa peço perdão
A Cecília Meirelles e Olavo Bilac
A Mário Quintana e a Drummond

A todos estes e a outros
Lhes peço a benção e me justifico
Faço poesia, não me chamo poeta

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Escrever

Sento a minha mesa para escrever
A tela branca a minha frente
Pouco a pouco vai sendo preenchida
Pelas letras que compõem cada linha

As mãos se movendo sobre o teclado
Despejando sentimentos e ideias
Procurando as palavras certas
A forma perfeita para a aquarela

Há o momento em que a mão pende
Suspensa no ar como em espera
Aguardando que se forme na mente
O verso que a próxima linha preenche

Assim os versos tomam forma
Palavra por palavra, rima por rima
Então o impasse final se aproxima
O último verso, a última linha

Destinos

Destinos que se cruzam
Paralelos e opostos
Insistem em se aproximar

Destinos que se opõem
Distantes e próximos
Andam lado a lado

Destinos que se sobrepõem
Opostos que se atraem
Insistem em se encontrar

Destinos que se cruzam
Paralelos e opostos
Distantes e próximos

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Do Nada a Lugar Algum

Do nada a lugar algum
De lugar algum ao nada
Tênue linha entre os dois extremos
O nada é o que és
O lugar algum onde chegarás
Mas a decisão é tua
Sê medíocre
E terás o nada e o lugar algum
Mas antes levanta a cabeça
E foge a este destino
Em face ao nada busca a tudo
E do lugar algum vá a algum lugar

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Veio Como Tempestade

Eu estava tranqüilo
Até você aparecer
Você veio como furacão
Se instalou em meu coração

Foi como chuva que se anuncia
Que vem chegando aos poucos
Quando se vê já é tempestade

Foi como terremoto
Abalou minha estrutura
Veio como ventania forte
E suave como a brisa

Veio como tempestade
Como confusão que invade
Tão rápido e tão calmamente
Tomou conta da minha mente

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Dias Tantos

Dias vazios
Horas sem graça
Tempo que fica
Que não passa

Dias longos
Horas mortas
Tempo perdido
Tempo esquecido

Dias tantos
Vão se arrastando
E nesse tempo doido
A gente vai caminhando

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Minha Essência

Nas palavras estou por inteiro
Eu me entrego a seu poder natural
É como se fizessem parte do meu ser
Como uma força sem igual
                                                    
Nas palavras está minha voz
Meus gritos de dor e alegria
Expressão máxima do meu ser
A essência da minha essência

Nas palavras estou por inteiro
Como o palhaço no picadeiro
Esperando a hora da grande cena
Em que se inicia o movimento da pena

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Olhos Marcantes

E quando achei que já havia visto a perfeição
Eis que ela surge novamente, como uma nova visão
A pele como porcelana chamava atenção
Os olhos marcantes como que em afirmação

E quando achei que já havia visto toda sua beleza
Eis que ela surge a minha frente, e me surpreende
Com novos traços, mais detalhes, com outros olhos

E quando achei que já havia visto todo o semblante
Eis que ela surge ainda mais bela que antes
Em seu rosto o sorriso ainda mais radiante
E em meus olhos ficaram seus olhos marcantes

domingo, 4 de dezembro de 2011

O Sonho

Você pode ter certeza
Que nada vai nos separar
Mesmo que ainda não estejamos juntos
Esse dia eu sei que vai chegar

Pode ser apenas um sonho meu
O sonho de um romântico
Mas não sei dizer por que
Eu acredito que vai acontecer

É um sonho que se repete
Mais e mais eu estou certo
Que eu não devo desistir
De sonhar com o que quero

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A Gente Vai Vivendo

Em minha vida já fiz muitas coisas. Já ri e já chorei. Mandei embora e senti saudades. Já fiz coisas das quais me arrependi. Fiz coisas das quais me orgulhei. Já sorri quando a vontade era chorar. E também já chorei quando a felicidade não cabia num simples sorriso. Já senti ciúmes e não admiti. Já senti ciúmes e foi tão óbvio que não pude negar. Já me calei quando a vontade era gritar. Em minha vida já aconteceram muitas coisas. Muitas boas, algumas ruins. Magoei quem não queria magoar. Também já me magoei. Já fiz muita gente sorrir. E espero não ter feito ninguém chorar. Em minha vida já conheci muita gente. Fiz amigos de uma hora, amigos de um dia, amigos pra vida toda. Eu já perdi pessoas queridas. E também descobri jóias raras. Tenho gente que eu gosto perto. E outras que estão longe. Já fiz muitas coisas. Já ri quando não podia. Já chorei e fingi que estava tudo bem. Já perdi as horas ouvindo música. Já viajei nos meus pensamentos. Já cantei alto achando que não tinha ninguém ouvindo. Em minha vida já se passaram muitas coisas. E a vida é assim. Vai passando. A gente ri, chora, sente saudade, se arrepende algumas coisas. A gente ama, sente ciúmes, tem amigos, conhece gente. E assim é que a vida vai passando. E assim é que a gente vai vivendo.

Fiz da Palavra Minha Voz

Fiz da palavra instrumento
Pra falar de tudo
Pra falar de mim
Pra falar da vida
Pra falar de sentimento

Fiz da palavra companheira
Pra me ser alento
Pra me dar ouvidos
Pra me ver por dentro
Pra estar comigo

Fiz da palavra abrigo
Pra me esconder
Pra me mostrar
Pra me sentir seguro


Fiz da palavra voz
Pra falar de tudo
Pra falar de mim
Pra falar de amor
Pra falar de nós

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Preste Atenção

Preste atenção às minhas palavras
Preste atenção ao que eu escrevo
Cada risada é uma indireta
Cada olhar um pedido discreto

Preste mais atenção em mim
Preste atenção ao que eu lhe disser
Não é tão difícil de perceber
Nem é que eu esconda ou algo assim

Preste atenção em meus olhos
Veja o que eles te falam
Preste atenção às coisas que digo
Preste atenção e perceba os fatos

Preste atenção às minhas palavras
Preste atenção ao que eu escrevo
Preste atenção ao olhar que lhe dirijo
Preste atenção em meu sorriso contigo

Preste atenção às coisas que digo
Preste atenção aos meus pedidos
Cada sorriso é uma indireta
Cada palavra um risco medido

Preste mais atenção em mim
Atenção ao que eu lhe digo
Mais atenção em como eu te olho
Preste atenção em como eu me sinto

A Fraqueza Se Faz Força

Ao seu lado
Já derramei algumas lágrimas
Mas não deixei que percebesse
Pra que não visse minha fraqueza

Mas a fraqueza é minha força
Ela me faz continuar
Pois se a lágrima veio
É porque havia de rolar

E isso me faz forte
Não demonstro a tristeza
Deixo que a lágrima caia
Mas não deixo que me abata

Que role a lágrima
Que faça seu caminho
Que escorra por minha face
Não há porque reprimi-la
Faz parte da minha essência

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ser Sozinho

Às vezes eu me sinto só
E um vazio toma o peito
O que escuto é só silêncio

Ouço as batidas do meu coração
O pulsar do sangue nas veias
E só por isso sei que estou vivo

Meus olhos buscam em todas as direções
Mas não há nada, só o vazio e o silêncio

O vazio continua
É só o silêncio existe
Eis o belo e o triste
Dessa vida de ser sozinho

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Nó na Garganta

É difícil não ter palavras
Às vezes fica um nó
A boca não abre
E a voz se cala

Nesse momento
Somente o olhar fala
Porque as palavras faltam
E só há o nó na garganta

E o nó persiste
Fica ali, incômodo
E nesse momento
Em que a voz cala
É que se fala por lágrimas

E elas caem silenciosas
Finitas em seu calar
E então o nó se desfaz
Porém já não é preciso falar

sábado, 26 de novembro de 2011

Os Olhos Falam Mais

Há tempos eu tenho buscado palavras que expressem os sentimentos que tenho. E sou obrigado a confessar que falhei. Sim, falhei nessa missão. Por mais que as palavras sejam alento ao meu coração, elas não conseguem traduzi-lo completamente. Não há palavras que cheguem ao âmago do sentimento, que possam mostrá-lo completamente em sua pureza magistral. O sentimento puro não se traduz somente com palavras. Não só com elas. As palavras do coração são escritas com os olhos. No brilho refletido na retina. Nas lágrimas, sabiamente chamadas de palavras da alma. O sentimento não se traduz com palavras. Não com as escritas. Apenas os olhos são capazes de mostrar o que nem mesmo as mais belas palavras conseguem expressar. Palavras não são suficientes, porque os olhos falam muito mais.

Desejo

Que vontade de tocar o seu rosto delicado
Tomar seu corpo em meus braços
E envolvê-la calmamente em um abraço
Tocar então seus lábios macios
Num beijo cheio do desejo que guardo

E assim ficar contigo por horas
Acariciando tua pele serena
Com teu corpo junto ao meu
Sentindo o seu perfume agradável

Que vontade de te olhar nos olhos
E encontrar neles o mesmo desejo
Te envolver nesse terno abraço
E dos teus lábios ter pra mim um único beijo

Sobre os Ciclos da Vida

Os ciclos terminam
E se reiniciam
Uma etapa chega ao fim
Para que outra comece

A vida tem fases
Nós passamos por elas
Infância, adolescência
Jovens, adultos

E aos poucos o tempo
Vai ficando pra trás
As fases vão passando
Nós vamos crescendo
Na idade e na experiência

Os ciclos passam
E nós nem vemos
Esquecidos de tudo
Entretidos no tempo

A vida é assim
Passa rápido
Ciclos e fases ficam
Nos mostram
O que já fomos

E cada novo ciclo
Cada nova fase
Chega com mudança
Com rompimento

É hora de mais um
De deixar para trás
De erguer a cabeça
E seguir adiante

O futuro é mistério
O presente realidade
Um ciclo se finda
E outro começa

O ciclo é novo
Os desafios são diferentes
Mas não se acostume
Ainda há outros a frente

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sempre ao Seu Lado

Sempre ao seu lado
Eu estive a te observar
E a cuidar de ti

Do meu jeito quieto
Tantas coisas te disse
Sem nem mesmo falar

E nos meus olhos
Você viu tudo isso
O meu carinho, o meu desejo

Sempre ao seu lado
Eu continuarei
Estarei ali
Quieto a te cuidar

E mesmo que não me veja
Minha presença vai sentir
Pois em meu pensamento
E em minhas palavras
Você vai sempre estar

Ela Não Sabe

Ela não sabe a capacidade que tem
De me calar em instantes
Com um gesto sem pensar

Ela não sabe a capacidade que tem
De tirar o sorriso dos meus lábios
E fazê-lo voltar radiante

Ela não sabe a capacidade que tem
Como me afeta uma palavra que de sua boca sai
Como machuca, como fere, como faz mal

Ela não sabe a capacidade que tem
Como seus olhos me dizem coisas
Como lhe digo coisas com os meus

Ela não sabe a capacidade que tem
De me levar ao céu com um sorriso
E me fazer voltar a terra com um olhar mais duro

Ela é assim, me afeta muito mais além
Me leva ao céu e me traz a terra em instantes
Ela não sabe a capacidade que tem

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Luz do Sol

A luz do Sol entrou em meus olhos
Seu brilho forte ofuscou minha visão
Aos poucos me acostumo a sua intensidade
E na retina fica marcado seu encanto

A luz tão forte cega
Mas também abre os olhos a ilusão
Encaro a bola de fogo no céu
E o seu brilho se torna a minha visão

E então eu só vejo o Sol a minha frente
E em minha retina fica gravado aquele brilho
Marcado pra sempre qual fogo eterno
Retido nos olhos e guardado na mente

domingo, 20 de novembro de 2011

Por Ser Você

Eu amo simplesmente
Sem porque, apenas amo
Não há uma razão única
Eu te amo por ser você

Eu amo simplesmente
Sem razão, sem explicação
Porque amar é emoção pura
Eu te amo por ser você

Eu amo simplesmente
Sem motivo, sem por que
Te amo sem razão de ser
Eu te amo por ser você

A Luz

Uma luz se acende
Eu a vejo ao longe
Ela está além do horizonte
Além dos rios e dos montes

E a luz me chama
Me convida a brincar
Eu a sigo sem pressa
Meus passos no ar

Uma luz se acende
Eu a busco sem medo
Caminho naquela direção
Confiante da decisão

A luz me chama
Me convida a seguir com ela
Vou com ela qual confiante criança
Pois é a luz da vida eterna,
A chama da esperança

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Sol Pra Mim é Você

Eu iria até o Sol
Deixaria que suas chamas
Ardentes me queimassem
Porque o Sol pra mim é você

Eu viajaria as galáxias
Por entre as estrelas
Eu me perderia no espaço
Porque o Sol pra mim é você

Eu iria aonde quer que fosse
Para estar ao seu lado
E não importaria mais nada
Porque o Sol pra mim é você

Eu iria até o Sol
Através das galáxias eu viajaria
E onde estiver pra te cuidar estarei
Porque o Sol pra mim é você

Eu iria onde quer que fosse
O universo não seria limite
Eu iria muito além das estrelas
Não haveria nada que me parasse
Porque o Sol, o Sol pra mim é você

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Eu a Quero

Ela é tão bela
E sabe do meu olhar
Que eu a desejo
Que a quero amar

Ela sabe do meu amor
Mas se esconde de mim
Eu a quero demais
Mas ela foge do meu querer

Ela sabe dos meus versos
Sabe que neles tudo confesso
Mas ela insiste, se esconde e foge
Mas eu também insisto
E continuo dizendo que a quero

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Confie em Mim


Creia em minhas palavras
Se já lhe decepcionei,
Já lhe pedi desculpas
Apague o passado,
Deixe-o para trás
Se hoje te faço uma promessa,
Saiba eu cumprirei

Se antes lhe deixei triste
Foi sem nenhum querer
Mas passou, já se foi
E hoje eu só te quero bem

Se te prometo algo
Não me olhe assim
Como quem duvida
É só isso que lhe peço
Que confie em mim

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Desconcertado

Ela consegue me deixar desconcertado sem dizer nada. E eu fico assim meio abobado tentando entender o que fiz de errado. Meu Deus, por favor, me diga, pois juro não sei se é isso mesmo ou se estou enganado. Mas ela tem esse poder. Esse espécime incrível dessa raça tão fantástica chamada mulher. Só ela consegue fazer isso. Eu fico lá qual palhaço enquanto a olho, enquanto a ouço. Fico até desesperado. Pois juro, queria entender. Mas a isso ela não se dá. E me desconcerta. Me deixa falando sozinho sem entender por que. E é só ela quem faz isso. Eu é que às vezes me arrisco. E tento lê-la. Entendê-la. Mas como é difícil. Por que ela tem esse dom. E sai sem palavra. E eu fico ali parado. Quieto. Olhando pro espaço vazio. Só mesmo ela me deixa assim. Só ela tem esse dom. E eu fico ali desconcertado por esse espécime incrível dessa raça fantástica chamada mulher.

Deixemos Ser Apenas Saudade

Um vazio ficou
A tristeza ficou
A saudade ficou

Um vazio ficou,
E este não será preenchido
Porque este é um lugar cativo
Só dele, de mais ninguém

A tristeza ficou,
E vai ficar por um tempo ainda
Mas será substituída
Pelas lembranças alegres
Que estão bem guardadas

Já a saudade, que também ficou
Bem essa deixemos ser apenas saudade
Porque essa vai ficar pra sempre
Como sina daqueles que são eternos

domingo, 13 de novembro de 2011

O Pior de Mim

Calei, emudeci
Quieto, apenas segui
Sem crer no que via
Sabendo que vi

Emudecido
Pasmo e incrédulo
Sem forças
Sozinho me senti

Inconsciente
O controle perdi
Deixei-me ser
O pior de mim

sábado, 12 de novembro de 2011

Ciúme

Ciúmes, tenho, não escondo
Me prendo a você
Sem vergonha ou medo
Me exponho aos outros,
Não meço os impulsos
Sou criança grande
Frente às injustiças do mundo

Eu sei que é injusto que te quero tanto
E por outro se arriscas
Enquanto estou ao seu lado
Por pouco me tomas
E por tanto te afago

E sentimento que fica
Ciúme que sobressai
E o amor que te tenho
Por pouco se sai

E enquanto eu fico quieto
Cada palavra se faz mais
Porque toda vez que eu nego
Mais presente você se faz

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Brilho Diferente

Hoje o Sol brilhou diferente
No horizonte, nas nuvens adentro
E somente alguns raios dali escapavam
E espectadores atentos se maravilhavam

O Sol como grande protagonista
Por trás das nuvens tramava o espetáculo
E entre elas seu brilho passava
Revelando os raios intensos e claros

No palco azul celeste o amarelo se destaca
O grande ator a sua trama encena triunfante
Por entre as nuvens os raios brilhantes
E olhos atentos seguem o espetáculo radiante

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Argumentos

Argumentos, não tenho tantos
Apenas um, e este me basta
Não que seja também muito
Mas é o que mais importa

Me perguntas meus argumentos
Porque insisto, porque suporto
Eu lhe digo que tenho apenas um
E este único me sustenta, é o que basta

Me perguntas então que argumento é este
Respondo sincero e com simplicidade
Que não é necessário argumento
Quando o sentimento nos invade

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Tempo Marcado

O relógio marca hora exata
E no ritmo incessante me absorve
E como fosse carta marcada
A hora certa espelha o minuto exato

Ritmo, tempo, espaço incerto
E a certeza não existe desse lado
Mas o que é certo não se discute
E a hora certa espelha o minuto exato

Relógio abstrato de tempo marcado
As horas, os minutos e segundos passados
Mas é certo que no relógio concreto
A hora certa espelha o momento exato

sábado, 5 de novembro de 2011

A Palavra, O Verso e A Poesia

A palavra me persegue
Ela me doma como a um menino
Eu solícito a obedeço
E palavra por palavra construo o verso

O verso me persegue
Ele me fascina como a uma criança
E então eu entro em sua brincadeira
E fascinado escrevo a poesia

A poesia me persegue
Ela me encanta tal qual as estrelas
E eu absorto na palavra e no verso
Da poesia faço meu universo

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Olhos de Mel

Nem mesmos as estrelas brilham
Tanto quanto o seu olhar
Ele tem um brilho diferente
Forte como a luz do Sol

E o Sol a tudo ilumina
A tudo vê, a todos anima
Tal qual seu olhar único
Que me trespassa a alma
Que cálido me incendeia

E as estrelas emprestam seu brilho
Aos olhos que me olham incólumes
Os olhos que brilham como o Sol no céu
O céu que se instalou nos olhos de mel

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Alma

Somos nada
Somos corpo
Somos alma

Somos pressa
Somos pó e água
Somos calma
Humanidade
Desalmada

Somos carne
Dissolúvel
Destrutível

Somos alma
Indissociável
Insondável

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Estou Contigo

A dor que sente passa pra mim
A lágrima que quer cair
Deixa que caia, eu segurarei
Não perca a esperança
Nem o sorriso no rosto
A tua felicidade é a minha
Eu te conheço em detalhes
Eu sei que pode suportar
Porque eu te carregarei
Em meus braços te embalarei
O teu sono eu guardarei zeloso
Tranquiliza-te criança,
Pois estou contigo

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Olha Pras Estrelas

Olha pras estrelas
Como nelas encontrasse resposta
O olhar distante, fixo no horizonte
Mira as constelações no espaço ao longe

Olha pras estrelas
Como nelas estivesse o que quer
O olhar quieto, longe de tudo
Mira a estrela que brilha no céu

Olha pras estrelas
Como nelas buscasse a resposta
O olhar no céu estrelado atento
E ali nas estrelas procura alento

sábado, 22 de outubro de 2011

Inspiração 2

As mulheres me inspiram
Brancas, loiras, morenas, mulatas
Sem credo, sem cor, sem raça

As mulheres me inspiram
Amadas amantes vorazes
Lindas, loucas, audazes

As mulheres me inspiram
Indecisas, decididas, contrárias
Algozes, mordazes, arbitrárias

As mulheres me inspiram
Frágeis, fortes, instáveis
Emotivas, indescritíveis, indecifráveis

Ah as mulheres me inspiram
Delicioso veneno de eterna perdição
Mulheres são a minha inspiração

domingo, 16 de outubro de 2011

Os Olhares a Seguem

E ela quieta ante os olhares se faz bela
Olhares que a seguem sem pressa
Desejosos, iluminados pelo brilho que é dela
Olhares tantos, todos fixados nela

E o seu corpo naturalmente chama atenção
É bela, escultural, esplêndida lição
Da beleza que chama os olhares pra si
Sem esforço, sem artifícios, sem manhas

E abismados todos olham para ela
Mulher, menina, que chora, que ama, que ri
Encabulada se esconde num sorriso só dela
Os olhares a seguem, só existe ela

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Entendimento

Tolamente busca o total entendimento de si
E amargamente esbarra nas ameias do ser
Esse entendimento não encontrarás em ti
Nem sequer nos outros ao teu redor

Tolamente espera por respostas
Como fosse fácil entender da alma
Mas a resposta não virá ligeira
Não virá depressa, nem de outra maneira

Tolamente questiona e estuda aos sábios
Eles te dirão que não possuem a palavra final
E como sábios deixar-te-ão abismado
Sem resposta, sem entendimento, sem nada

Pois que os sábios já compreenderam
Que a resposta virá com o tempo
E quando obtiverdes tal entendimento
É sinal que chegou o final dos tempos

Ela Não Tem Idade

Não tem idade
Antes tem vida
E além disso
Tem alegria

E é exemplo
De força
De amizade
De Vida

É como criança
Deslumbrada
Desequilibrada
Cheia de vida

Não tem idade
Tem força
Ante os revezes
Ante as tristezas

E é exemplo
De segurança
De criatividade
De vida

É como criança
Encantada
Encantadora
Cheia de vida

Ela não tem idade
Tem alegria
Tem força
Ela tem vida

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Amargo Tempo

Rostos estranhos, indiferentes
Olhares que nada me dizem
Vozes distantes, intransigentes
Amargas horas que não passam

Inquietações que me consomem
Incertezas que me fazem insone
Preocupações que tomam a mente

Amargo tempo incessante
Inimigo nas distantes horas frias
Nas noites quietas em que olhares me fitam
Das vozes que não chamam, que me apavoram

domingo, 9 de outubro de 2011

O Estrangeiro

Estrangeiro
De lá e não de cá
O estranho
Forasteiro

Olhado
Observado
Aceito
Rejeitado

Um olhar aqui
Outro ali
Olhares
Desconfiados

Reprovadores
Aprovadores
Indiscretos
Indiferentes

O estranho
Um estranho se sente
Olhares nele
No estrangeiro

sábado, 8 de outubro de 2011

A Poesia Perfeita

A poesia perfeita
O verso que se encaixa
Em rima, em prosa
Palavra por palavra
Se encaixa em si mesma

A poesia perfeita
Que canta os astros
Que canta a beleza
Que fala de dores
E também de amores

A poesia perfeita
Palavra por palavra
Em prosa, em rima
Em verso, em canção
A poesia perfeita
É a que vem do coração

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Entrega

Eu te olho sorrindo
O seu rosto tão lindo
E eu sinto essa diferença
Porque você me faz sorrir

A tua presença tão simples
O teu rosto infindo
Como o Sol que se deita
Tão calmo enquanto se entrega

E se entrega ao cansaço
Se entrega apenas
Como o Sol que se recolhe
Tão simplesmente se entrega 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O Olhar Que Me Sorri

A paz que invade
O sorriso que me olha
O abraço que conforta
O toque que é suave
A voz que é melodia
A boca que me chama
O olhar que me sorri

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Abraço

O abraço terno
A vontade de um beijo
Os corpos tão próximos
Um intenso desejo

Um abraço apertado
O perfume tão doce
A tez tão cândida
Os cabelos negros

O toque suave
Das mãos delicadas
A pele, o perfume
Os corpos próximos
O beijo, o abraço

terça-feira, 4 de outubro de 2011

As Luzes da Cidade

As luzes da cidade ao longe
Me pego observando esse horizonte
No pensamento logo vem aquele nome
E as luzes da cidade me deixam insone

No pensamento apenas aquele nome
As luzes são palco da insônia
Procuro nas luzes a sua janela
Entre milhares só uma me interessa

Da minha janela procuro pela sua
As luzes da cidade lá no horizonte
A lua é a minha testemunha
Das luzes ao longe, da minha busca

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Raio do Sol

O raio de Sol invade o quarto
Ilumina o rosto tão belo
Quieto enquanto dorme sereno
Tal anjo num corpo humano

O raio do Sol encontra aquele rosto
E seu brilho reflete tão doce candura
O sorriso tão leve qual fosse criança
Inocência e pureza num olhar de esperança

O raio de Sol invade o quarto
E o brilho do Sol é o brilho daquele rosto
Tal espelho de estrelas serenas
O raio do Sol em tal rosto se encerra

domingo, 2 de outubro de 2011

Manias

Manias tantas
De mexer com as mãos
Mania de caras
Mania de expressões

Manias tantas
De fazer poesia
De cantarolar canções

Manias tantas
De dobrar papéis
Mania de olhar ao longe
Mania de fitar o horizonte

Manias tantas
Infinitas de um ser humano
Manias tais que não fossem manias
Seriam ainda mais

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cúmplices ou Compreensão

A palavra implícita
As expressões marcadas
A face já conhecida

Nos detalhes dos olhares perceber
A reação, o pensamento
A vontade, o querer

Cúmplices de um olhar trocado
E a sensação de já saber
Sem nem sequer se ter falado

A compreensão dos que já sabem
Dos que se conhecem em detalhes
Dos cúmplices que se falam por olhares

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Segunda Coletânea de Frases

"Minhas palavras ganham asas e voam em sua direção."

"Eu perdi o meu caminho quando encontrei o seu."

"Já não sei mais se eu te escolhi ou se foi você quem me escolheu para te amar."

"Pedi a Deus que me enviasse um Anjo, ele me enviou você."

"O silêncio é a tortura aos que precisam apenas de uma palavra."

"Quando o Sol vai embora leva consigo a luz, mas por não ser egoísta ele empresta seu brilho a Lua."

"Nas palavras eu busquei refúgio e encontrei."

"E enquanto aguardo o que o destino me reserva, as palavras me fazem companhia."

"Cada passo que dou é apenas mais um em sua direção."

"As palavras que escrevo são como sussurros que o vento se encarrega de levar aos ouvidos certos."

"Minhas palavras são como a vela do barco em alto mar, deixo que o vento as leve onde devem chegar."

"Cada uma das minhas palavras eu lhe dedico, e enquanto eu as tiver, não estarei só, pois elas me acompanham em todos os momentos."

"Quando as palavras não mais me satisfizerem procurarei por outra coisa que me seja alento. E quando encontrar não mais deixarei que me escape."


Espelho

Quando me vejo em seus olhos
Há um certo reconhecimento
Como se já lhe conhecesse
De outros velhos tempos

E como espelhasse alma
O brilho desses olhos acalma
E como espelhasse a mim
Reflexo inverso da retina incauta

Talvez seja loucura
Ou seja mesmo uma ilusão
Mas me reconheço nesses olhos
Como um espelho dos meus próprios

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Reencontro

Foi um instante único
Um momento singular

Foi um magnetismo
Como se sempre
Assim tivesse sido

Eu preso em seu encanto
Você bela como um anjo
Com aquele olhar tão brando

Foi como um grande encontro
De almas que há muito se esperavam

Foi como um reencontro
Que há muito estava marcado

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Um Sorriso no Olhar

O sorriso está nos olhos
Não é necessário manifestar
Já entendi o que me disse
Na profundidade desse olhar

As palavras se atropelam
Sem nem mesmo se falar
O entendimento é mútuo
No brilho desse olhar

O sorriso está implícito
No brilho desse olhar
Nesse olhar está escrito
Tudo que é preciso falar

sábado, 24 de setembro de 2011

Palavras Minhas

Ah palavras minhas
Tão descabidas
Cabem-se em si
Nessas poucas linhas

Ah palavras minhas
Tão irreconhecíveis
Reconheçam-me
Como quem as cria

Ah palavras minhas
Tão tolas e queridas
Acerquem-se de mim
Me encham de vida

Ah palavras minhas
Tão desfiguradas
Figurem-se em si
Como reflexos de mim

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Erros

Erros tão humanos
Persistem, me perseguem
E eu sou só mais um homem
Que erra, que aprende com os anos

Erros banais, tão simples
Evitáveis, perdoáveis
Mas que machucam tanto

Erros infames, sem nome
Sem tempo, sem chance
Que acontecem, que martirizam
Que machucam, que ferem

Erros tão humanos
Falhas banais, tão simples
Erros insensíveis, erros humanos
Erros de um homem que aprende errando

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A Chuva

Nuvens negras se adensam
O céu úmido escurece
São os sinais da chuva

Uma gota cai em meu rosto
Abro os braços para recebê-la
Sinto-a escorrer por minha face

A chuva vem fria e fina
Deixo que a molhe meu rosto
Um arrepio percorre meu corpo
Como uma corrente de energia

A chuva cai fina e densa
Que ela leve a tensão e o cansaço
Que ela molhe o meu rosto cansado
Que a água fria me lave a alma

Inquietude

Inquieta se sente
E se expõe em palavras
Em expressões e repentes

Inquieta se sente
Ligada, tudo é urgente
Uma explosão de energia
Uma vontade premente

Inquieta se sente
E se expõe em repentes
Explode em palavras
As emoções a flor da pele

Inquieta se sente
Ligada, sem freios
Inquieta, sem medos
Exposta, sem segredos

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Brincando de Escrever

As palavras fogem ao poeta
Que nervoso já não sabe onde buscá-las
Suas antes grandes companheiras
Como crianças travessas desaparecem

As palavras fugidias se escondem
Abandonam o pobre poeta
Que agora já não pode se expressar
Pois que o brinquedo já não quer mais brincar

É brincando de escrever
Que o poeta se faz sério
E transborda nas palavras
A brincadeira de seus deméritos

Mas o poeta insiste na brincadeira
Mesmo sem palavras ao cansaço não cede
E assim continua a saga daquele que escreve
E que brincando de escrever, se descreve

domingo, 18 de setembro de 2011

Conhecidos

Conhecidos de muito antes
Do outrora, de um passado distante
Como que unidos pelo destino
Separados por eras e anos

E pensar que a tão pouco te conheço
E deveras quase nada de ti eu sei
Mas que unidos não há dúvida
Porque em ti me reconheço

E passam as eras, os anos e os medos
E ficam as horas, o silêncio passageiro
Reconhecendo-se naqueles olhos certeiros
Unidos por um passado e um futuro inteiro

sábado, 17 de setembro de 2011

Sinto

Sinto um vazio enorme
Sei que algo ruim aconteceu
Sinto que há algo errado
Vejo que já não está igual

Sinto que falta algo
Sinto que ficou distante
Percebo antes que diga
Sei que algo ruim aconteceu

Não é preciso dizer
Eu já senti, eu sei
Sinto algo estranho
Sinto, apenas sinto

É como se já soubesse
Como se fosse comigo
Eu sinto antes que diga
Eu sei, eu pressinto

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Olhar

O olhar é de quem sofre
Distante, fixado no horizonte
Sem lágrima, apenas ausente
Como se já não tivesse motivos

O olhar é de quem sente
De quem tem muitos motivos
E esse olhar se põe ao longe
Como fugindo, buscando o horizonte

O olhar é de quem ama
Fixado, distante, como que ausente
O olhar é de quem quer muito
É de quem tem um só motivo

Espetáculo Paralelo

Enquanto vou pela estrada
Olho a lua serena no céu
Vejo a estrela que a acompanha
Elas seguem juntas, mas não se tocam

No horizonte da noite a cena é bela
Como fosse pintada pelo artista
Em tintas infindas, tal qual aquarela
E o poeta, encantado, a cena observa

A lua serena no céu faz seu trajeto
E a estrela brilhante em seu caminho a segue
O autor da cena à sua beleza cede
E o poeta em palavras tal cena transcreve

A lua serena faz seu trajeto
E a estrela a segue sem receio
Jamais se tocam, mas se reconhecem

Lua e estrela em par duelam
E no céu fazem belo dueto
Em si carregam um brilho eterno
Mas jamais se tocam, o espetáculo é paralelo

sábado, 10 de setembro de 2011

Impaciência

Impaciente ela espera
A ansiedade é muito grande
Ela nem sabe ao certo
Mas inquieta se sente

O porquê e o senão
A resposta, o destino
Ansiosa ela aguarda
Sem saber a tal resposta

E a impaciência a domina
Ela já não sabe esperar
As palavras se tornam duras
A impaciência não controla

O porquê e o senão
A ansiedade, a espera
Palavras duras em lábios doces
O silêncio ainda mais duro
Os sinais da impaciência

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Está Escrito

Está escrito em meu olhar
Não é preciso dizer em palavras
Está no sorriso em meus lábios
Quando eu te vejo passar

Está claro em meu jeito
Não é necessário falar
É óbvio em meu sorriso
Está escrito em meu olhar

Está no meu sorriso ao te ver
Está no meu jeito de te olhar
Já não há como e nem por que esconder
Está escrito em mim que eu aprendi a te amar

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Entenda

Eu queria que você entendesse
Que o que eu sinto não é assim tão simples
Não é fácil de explicar, nem tampouco de dizer
O que sinto é muito mais, é muito mais que eu e você

Eu sei que é difícil compreender
Não é fácil nem pra mim nem pra você
Mas tudo segue no caminho que deve acontecer
E deixamos que as águas passem,
E que o destino nos ensine a viver

Eu só queria que você entendesse
E no fundo eu sei que entende
Quietos neste caminho nós seguimos
E eu, continuo sendo aquele que tanto sente

domingo, 4 de setembro de 2011

Tudo o Que Quero


Eu te amo mesmo sem você saber
Eu fico observando e o que mais faço é te querer
Eu te amo tanto, tanto e não consigo esquecer
Eu já não vejo outro brilho, pra mim o Sol é você

Eu te amo mesmo sem você saber
Eu te quero mais que tudo
E tudo que mais quero é te ter

Eu te amo e sei que você sabe
Eu te quero e espero até que tudo acabe
Eu te amo tanto e não consigo esconder
Eu te espero e o que mais faço é te querer

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ouça a Canção


Ouça a canção ao longe
Ela me lembra você
A canção é tão bonita
Ela não me deixa esquecer

Ouça a canção ao longe
Perceba o som e a melodia
Ela foi feita pra nós
Perceba a beleza da poesia

Ouça a canção ao longe
É ela que me mantém por perto
Ouça a canção ao longe
E se lembre de cada verso

Ouça a canção ao longe
Ouça a minha canção
Ouça a canção que falo
Ouça e sinta essa emoção

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Consciência

Desaparecer, algumas vezes é este o nosso maior desejo
Desaparecer, ir para um mundo particular que seja só seu
Livrar-se das tristezas, do medo, dos julgamentos alheios
Livrar-se dos olhares reprovadores, dos que não conhecem o eu

Desaparecer, é o desejo de muitos se não de todos
Desaparecer no universo infinito do ser
Fugir das mazelas, das feridas, dos outros
Fugir sem olhar pra trás, simplesmente desaparecer

Mas não importa onde nos escondamos, para onde fugimos
Aqueles olhos julgadores sempre nos encontram
E destes olhos não nos escondemos jamais
Pois estes são nossos próprios olhos
São os olhos aos quais chamamos consciência

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O Riso e o Choro

Não é porque se leva um sorriso nos lábios
Que a vida seja só de alegrias
 Nem tampouco é verdade o contrário
A lágrima que pela face escorre é só tristeza

O riso e o choro são faces distintas
O choro às vezes é riso que não se contém
O riso às vezes é tristeza que a gente esconde que tem

Contraditórios riso e choro se misturam
A alegria e a tristeza são como estradas paralelas
Andam lado a lado e jamais se separam
O riso e o choro, às vezes, são faces da mesma moeda

domingo, 28 de agosto de 2011

Eu Te Conheço Tanto

Do teu rosto eu conheço cada delicada linha. Do teu jeito eu sei os trejeitos, os vícios e as manias. Eu conheço os seus traços, seus pensamentos eu perscruto. Eu te conheço tanto. E tanto. E tanto. Eu te conheço. Eu conheço o teu rosto, o teu jeito, os teus pensamentos. Eu conheço a sua alma, eu conheço a tua pureza. Eu conheço os traços, as linhas do teu rosto. Conheço como se eu mesmo as tivesse moldado. Eu conheço as suas expressões. Eu conheço seu jeito. Eu conheço seu rosto. Os seus traços. Conheço os seus trejeitos. As suas manias. Eu conheço a tua alma. Eu te conheço. Eu te conheço tanto. E tanto. Eu te conheço.

sábado, 27 de agosto de 2011

Pensar

Às vezes penso em tudo
Às vezes penso em nada
Às vezes apenas penso
E de pensar não paro

E não posso controlar
Essa mania de pensar
E como mesmo poderia
Escapar de tal humana sina?

Então penso, apenas penso
E continuo nesse vício de pensar
Pensando às vezes penso em tudo
Pensando às vezes penso em nada

Prisioneiro do Verso

As palavras tomam tempo ao poeta
Inquieto ele senta e escreve
Como escravo da palavra padece
E perdido nas horas se põe em verso

O verso e a hora passam céleres
Perpassam a mente do poeta que escreve
Inquieto em palavras ele põe suas preces
E escravo do verso em palavra padece

Perdido se encontra na palavra do verso
Calado se tranca em seu próprio universo
E o universo é a palavra, o verso, a poesia
Prisioneiro ele vive do verso e da rima

A Beleza de Não Ter Todas as Respostas

Me faltam palavras para descrever
Isto claro se houver descrição
Pois que inexplicável é a criação
E o criador é mais, bem mais
Que qualquer humana explicação

Olhe a sua volta e veja
Veja o céu, o Sol, a vida
Não, com certeza não há
Não há explicação que chegue

Veja a beleza a sua volta
Perceba a grandeza do mistério
Veja o sorriso e a alegria da criança
Perceba a beleza de não ter todas as respostas

Olhe a beleza da criação
Veja quão perfeita é a nossa existência
Veja a paz da criança que dorme tranqüila
E então não procure mais por respostas
E satisfaça-se com a maior graça que nos foi concedida: a vida

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Lance Um Olhar aos Céus

Quando não tiver mais forças
Quando não puder mais
Quando se sentir fraco
Lance um olhar aos céus

Quando nenhuma resposta satisfizer
Quando nada fizer sentido
Quando nada trouxer paz
Lance um olhar aos céus

Lance, lance este olhar aos céus
E se renda, suplique, prostre-se
Se entregue sem medo de nada
E assim, creia, virão as repostas

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Um Anjo Desceu ao Mundo

Um Anjo desceu ao mundo
Na forma de uma mulher
Trouxe luz em seu caminho
Trouxe paz em seu olhar

Um Anjo desceu ao mundo
Na forma de uma mulher
Sua beleza ela espalhou
E conquistou tudo o que sonhou

Um Anjo desceu ao mundo
Na forma de uma mulher
Deixou apaixonado um homem
Que mais que tudo a quer

Um Anjo desceu ao mundo
Na forma de uma mulher
O homem tornou-se um poeta
O Anjo a sua musa, sua amada, a sua cela

Hoje Me Dei Conta

Hoje me dei conta que você me paralisou
Fiquei parado no tempo,
Fiquei naquele momento
Em que te vi pela primeira vez

Hoje me dei conta que você me conquistou
Não precisou de muito
Apenas um olhar, um sorriso,
Pra mim já foi o mundo

Hoje me dei conta que você me dominou
Entreguei-me por inteiro
Não resisti, caí ligeiro
Caí por seu encanto

Não quero lhe causar espanto
Só que hoje me dei conta
Que eu te amo

Distância

Eu tento me manter distante
Mas na distância fico perto
Porque estais em meu pensamento
Estais em mim, em meu coração

Eu tento me manter distante
Mas a distância aproxima
A saudade toma conta
Então escrevo, é uma rotina

Eu tento me manter distante
Esquecer esse sentimento
Mas não adianta
Não cessa, não vai embora
O sentimento me domina

Descobertas

Descobri no teu olhar
A beleza das ondas do mar
Descobri na tua voz
O som mais doce que eu poderia escutar
Descobri no teu sorriso
A paz que um dia sonhei encontrar
Descobri em você
Tudo que um dia eu quis amar

Tua Indiferença

A tua indiferença me fere
O não que insistentemente desferes
O olhar que não retribuis
O beijo que não quer me entregar

A tua indiferença me fere
O não que ainda repetes
A ligação que não atendes
O beijo que você não cede

Tua indiferença me fere
Teu não ao meu amor
Conselhos que não escuta
Palavras que não me consolam

A poesia que não te comove
Os versos que não te tocam
Tentativas vãs desse amor
Tentativas que só me causam dor