quinta-feira, 5 de julho de 2012

Quero Simplesmente Ser Eu Mesmo


Hoje não estou a fim de meios termos. Quero um sim ou um não. Quero dizer a mim mesmo quem sou e o que sou, sem parênteses, sem espaços pra meias verdades, pra senões e afins. Quero dizer a quem queira ouvir. E quem não quer que não perca seu precioso tempo. Vá fazer suas coisas. Cuidar de sua vida. A quem continua me ouvindo digo que estou cansado. Cansado de máscaras, dos personagens dos quais nos travestimos diariamente. Bancários engomados, professores mal pagos, estudantes anarquistas, esquerdistas, centristas, de direita. A quem ainda está aí rogo que se desfaçam das máscaras, da maquiagem, dos meios termos. Se travistam de si mesmos. Sejam verdadeiros, honestos. Não sorria porque é isso que se espera de você. Sorria porque tem vontade, pelo que te dá prazer. Chore quando lhe aprouver. E não diga sempre: não foi nada, está tudo bem. Grite. Esperneie quando tiver vontade. Xingue. Extravase. Dê socos no ar. Não se importe se te chamarem de louco. No fundo terão inveja de sua coragem. Hoje não quero meios termos. Quero um sim. Um basta. Chega de máscaras, de artifícios, de sorrisos amarelos. Os personagens que fiquem de lado, porque eu quero simplesmente ser eu mesmo. 

Um comentário:

  1. Sem dúvida um poema forte e sem meias verdades, muito bom meu caro amigo! "Cansado de máscaras, dos personagens dos quais nos travestimos diariamente. Bancários engomados, professores mal pagos, estudantes anarquistas, esquerdistas, centristas, de direita."

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