Tenho a estranha mania de me nomear louco. Talvez porque não suporte a normalidade, o comum. Inda mais quando este dito normal corrompe aquilo que tenho de mais precioso, os meus princípios e valores. Prefiro a loucura dos sábios, daqueles que se indignam, dos que se insurgem. Prefiro a loucura daqueles que não se acostumam ao caos. Prefiro a loucura dos que se entregam à poesia, aos versos. A loucura dos poetas e filósofos. A loucura dos que são chamados loucos por se mostrarem, por colocarem os sentimentos em palavras, em gritos, em atos. Por isso me chamo louco, poeta, leitor. E a quem queira me dar também tal alcunha, pra mim elogio, e me chamar de louco, de estranho, agradeço sobremaneira, pois que prefiro a minha loucura e a minha estranheza à terrífica realidade de ser normal.
Este é um espaço criado para publicar aquilo que eu chamo de meus "escritos". São poemas e pensamentos deste que vos fala ou escreve....
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Prefiro a Loucura
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Reflexões Noturnas
Às vezes buscamos respostas às
perguntas da vida, às questões primordiais. Quem somos? Por que estamos no
mundo? Qual nosso propósito neste planeta que nomeamos Terra? E tais
questionamentos nos levam a outros. Por que levantar de nossas camas
diariamente e enfrentar o mundo se muitas vezes não o queremos? Por que
continuar a rotina louca que nos deixa estressados e muitas vezes a ponto de
estourar nossas próprias cabeças? Por que não gritar ante a tudo que nos impele
a tal ato? A verdade é que a algo que nos impede e nos mantém presos. Um
instinto que nos diz que não é certo fazê-lo. Mas este é mesmo um instinto, ou
tão somente nossa cultura ditando o certo e o errado? Ora, o instinto nos manda
o contrário, pede que nos libertemos, que demos vazão aos gritos que nossa alma
almeja colocar pra fora do peito. É certo que não é o grito a que me refiro,
mas sim a que, mesmo que não sempre, deixemos que os brados saiam, ainda que
silenciosos em sua forma, e que a rotina seja quebrada, seja transposta. A
resposta às questões iniciais certamente não está na rotina diária, talvez
esteja mais próxima a nossos instintos, a essas premências de nossa natureza
humana. Certo também é que tal resposta não se limita a nossa compreensão
limitada do que seja uma resposta, como um conceito que nos é apresentado. A
vida ainda é mistério que nos surpreende diariamente. Talvez nem sequer haja
uma resposta tal qual nossa visão humana queira encontrar. A rotina faz parte
de nós nessa busca, é uma resposta. São rituais aos quais nos submetemos e
acostumamos esperando que seja o certo a fazer. Talvez até seja, quem sou ou é
qualquer um de nós, meros recipientes de uma alma inquieta, para dizer o que é
certo ou errado. Ainda assim, tal rotina deve ser rotineiramente quebrada,
transposta, pra dar vazão aos anseios daquela mesma alma inquieta a qual me
referia. Por fim deixo aos caros e pacientes leitores que me acompanharam até
aqui um último conselho. Deixem sair de suas gargantas um grito, um brado de lamurio,
de angustia, de raiva, de alegria qual seja o sentimento que inunda tua alma
neste momento. Usem o grito como um sinal, como um meio de libertação da rotina
costumeira. Talvez esteja aí o início daquela resposta que almejas.
Assinar:
Postagens (Atom)