sábado, 11 de junho de 2011

Os Olhos da Mente

Os olhos fechados abrem as portas da mente.
A visão turva se transforma em cores infinitas.
A razão diz impossível esse mosaico.
Mas a mente não tem limites. Não possui grades.

Os olhos se abrem e se maravilham ante ao mundo.
Mas logo a razão lhe dita as regras do que deve ver.
Os olhos novamente se fecham em busca da liberdade.
A liberdade dos pensamentos indomáveis.

Os olhos fechados abrem as portas da mente.
O branco e o negro se tornam multicor.
Os olhos se abrem. A razão novamente impõe seu querer.
E os olhos se adaptam ao mundo e àquilo que vêem.

As grades se fazem impenetráveis.
Mas as grades se abrem aos olhos fechados.
A imaginação ganha asas e voa no espaço infinito.
O silêncio já não causa medo.
Antes é palco da mente, das cores, da vida.

Os olhos antes fechados se abrem.
Esses são olhos da mente.
Vêem o infinito longínquo.

O silêncio se faz trovão e a razão se cala.
Aos olhos da mente o impossível é nada.

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