Eu estou aqui sóE fico louco com esse silêncioEsse ser que quase se materializaE quase posso pegar com minhas próprias mãos
Eu digo esse ser pois é ele o meu companheiroO silêncio quase negroNão quebrado por nenhum ruído sequer
Que lugar é este em que me encontroOnde o som não existeE é tudo escuridãoSerá que estou dentro de mim mesmoDa minha solidão
Ou tudo não passa de sonhoUm pesadelo desesperadorOnde meus medos me dominam
E meus medos são essesO isolamento, a solidãoO silêncio profundo da cela da prisão
Mas a prisão sou eu mesmoMeus pensamentos, minhas convicçõesMinha moral, minha razão
E esta é pior das prisõesPois eu mesmo a crieiE dela não posso me libertar
Foi construída de material indestrutívelIndestrutível mas quem sabe mutávelAfinal a vida ensina novas convicções
E os pensamentos de hojeNão são os mesmos de ontem
Quem sabe um dia a porta da prisão se abreE deixa sair o sentimento puroLivre de todas as barreiras que a mente impõe
Mas enquanto dominar a razãoE o coração ficar trancafiado na celaDominado pelas convicções contráriasPelos pensamentos que vão contra a emoção
A emoção, essa expressão da almaDo que está no fundo do coraçãoQue a própria razão desconhece
Viverá na prisãoQue eu mesmo crieiA prisão dos meus pensamentos,Das minhas convicçõesDa minha moralDa razão
Este é um espaço criado para publicar aquilo que eu chamo de meus "escritos". São poemas e pensamentos deste que vos fala ou escreve....
sábado, 11 de junho de 2011
Prisão
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