Tenho a estranha mania de me nomear louco. Talvez porque não suporte a normalidade, o comum. Inda mais quando este dito normal corrompe aquilo que tenho de mais precioso, os meus princípios e valores. Prefiro a loucura dos sábios, daqueles que se indignam, dos que se insurgem. Prefiro a loucura daqueles que não se acostumam ao caos. Prefiro a loucura dos que se entregam à poesia, aos versos. A loucura dos poetas e filósofos. A loucura dos que são chamados loucos por se mostrarem, por colocarem os sentimentos em palavras, em gritos, em atos. Por isso me chamo louco, poeta, leitor. E a quem queira me dar também tal alcunha, pra mim elogio, e me chamar de louco, de estranho, agradeço sobremaneira, pois que prefiro a minha loucura e a minha estranheza à terrífica realidade de ser normal.
Este é um espaço criado para publicar aquilo que eu chamo de meus "escritos". São poemas e pensamentos deste que vos fala ou escreve....
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Prefiro a Loucura
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Reflexões Noturnas
Às vezes buscamos respostas às
perguntas da vida, às questões primordiais. Quem somos? Por que estamos no
mundo? Qual nosso propósito neste planeta que nomeamos Terra? E tais
questionamentos nos levam a outros. Por que levantar de nossas camas
diariamente e enfrentar o mundo se muitas vezes não o queremos? Por que
continuar a rotina louca que nos deixa estressados e muitas vezes a ponto de
estourar nossas próprias cabeças? Por que não gritar ante a tudo que nos impele
a tal ato? A verdade é que a algo que nos impede e nos mantém presos. Um
instinto que nos diz que não é certo fazê-lo. Mas este é mesmo um instinto, ou
tão somente nossa cultura ditando o certo e o errado? Ora, o instinto nos manda
o contrário, pede que nos libertemos, que demos vazão aos gritos que nossa alma
almeja colocar pra fora do peito. É certo que não é o grito a que me refiro,
mas sim a que, mesmo que não sempre, deixemos que os brados saiam, ainda que
silenciosos em sua forma, e que a rotina seja quebrada, seja transposta. A
resposta às questões iniciais certamente não está na rotina diária, talvez
esteja mais próxima a nossos instintos, a essas premências de nossa natureza
humana. Certo também é que tal resposta não se limita a nossa compreensão
limitada do que seja uma resposta, como um conceito que nos é apresentado. A
vida ainda é mistério que nos surpreende diariamente. Talvez nem sequer haja
uma resposta tal qual nossa visão humana queira encontrar. A rotina faz parte
de nós nessa busca, é uma resposta. São rituais aos quais nos submetemos e
acostumamos esperando que seja o certo a fazer. Talvez até seja, quem sou ou é
qualquer um de nós, meros recipientes de uma alma inquieta, para dizer o que é
certo ou errado. Ainda assim, tal rotina deve ser rotineiramente quebrada,
transposta, pra dar vazão aos anseios daquela mesma alma inquieta a qual me
referia. Por fim deixo aos caros e pacientes leitores que me acompanharam até
aqui um último conselho. Deixem sair de suas gargantas um grito, um brado de lamurio,
de angustia, de raiva, de alegria qual seja o sentimento que inunda tua alma
neste momento. Usem o grito como um sinal, como um meio de libertação da rotina
costumeira. Talvez esteja aí o início daquela resposta que almejas.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Escuridão
Existe esse vazioQue nada preencheExiste essa solidãoQue insiste em ficarExiste esse medoQue não vai emboraExiste essa tensãoQue me acompanhaExiste tudo issoQue não sei nomearExiste essa coisaQue não me deixa respirarExiste esse passageiroLado obscuro de mimExiste essa escuridãoPra qual é difícil dizer não
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Audazes, Tomai Cuidado
Audazes andantesDas madrugadas errantesTomai cuidadoNa encruzilhada adianteCom tropeços gigantesE armadilhas reinantesAudazes caminhantesDos becos distantesTomai cuidadoCom os habitantesCom os diferentesCom os semelhantesAudazes pensantesDas noites insonesTomai cuidadoNos caminhos da menteCom sonhos pedantesE pensamentos ardentesAudazes combatentesDas lutas sem chanceTomai cuidadoNos ringues arfantesCom adversários infamesE pelejas sem nome
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Ser Humano
Sou ilha em meio ao oceanoSou dessa raça excomungadaDesses tais Seres HumanosSou água no meio do desertoDiferente sob diversos ângulosTenho a alcunha de Ser HumanoSou ego desses sem tamanhoIlha deserta dos mares distantesCaso típico de Ser HumanoProclamo a independênciaMe deserdo deste destino tiranoQuero ser um mero humano
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Sob a Sombra das Árvores
Deitado sob a sombra das árvoresObservando entre o verde o azul do céuO emaranhado de galhos formando cadeiasUma rede de desenhos infindos e naturaisPássaros fazem desses galhos o seu larNuma complexa simplicidade sem parOs pássaros rapidamente trocam de galhoComo estivessem brincando de pegarAlgumas folhas caem devagarSimplesmente vão caindo sem pressaAlcançam o chão num movimento circularCaem serenas seguindo a corrente de arDeitado sob a sombra das árvoresA calmaria invadindo o pensarNum momento de devaneioNum raro momento de paz
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Fora de Alcance
Há dias que as palavras não me alcançamJá não mais transparecem em versos e rimasJá não me saem como outrora em cascatasTraduzindo as turbulências de minh’almaHá dias que o sentimento ficou mudoSe calou como se chegasse a um muroDali em diante já não há mais caminhoNão há palavras que alcancem o destinoHá dias reina o terrífico silêncioJá não há mais sobre o que desabafarNão há mais paixão que machuqueNem beleza que se mereça falarHá dias que as palavras não me alcançamNão sei dizer o quanto isso é bom ou ruimNão sei quão bom é deixar de sofrerNem quão tenebroso é deixar de sentir
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Quero Simplesmente Ser Eu Mesmo
Hoje não estou a fim de meios termos. Quero um sim ou um não. Quero dizer a mim mesmo quem sou e o que sou, sem parênteses, sem espaços pra meias verdades, pra senões e afins. Quero dizer a quem queira ouvir. E quem não quer que não perca seu precioso tempo. Vá fazer suas coisas. Cuidar de sua vida. A quem continua me ouvindo digo que estou cansado. Cansado de máscaras, dos personagens dos quais nos travestimos diariamente. Bancários engomados, professores mal pagos, estudantes anarquistas, esquerdistas, centristas, de direita. A quem ainda está aí rogo que se desfaçam das máscaras, da maquiagem, dos meios termos. Se travistam de si mesmos. Sejam verdadeiros, honestos. Não sorria porque é isso que se espera de você. Sorria porque tem vontade, pelo que te dá prazer. Chore quando lhe aprouver. E não diga sempre: não foi nada, está tudo bem. Grite. Esperneie quando tiver vontade. Xingue. Extravase. Dê socos no ar. Não se importe se te chamarem de louco. No fundo terão inveja de sua coragem. Hoje não quero meios termos. Quero um sim. Um basta. Chega de máscaras, de artifícios, de sorrisos amarelos. Os personagens que fiquem de lado, porque eu quero simplesmente ser eu mesmo.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Olhar Cruzado
O meu olhar atravessou o seuSenti na hora que algo mudouComo nascesse nova esperançaComo viesse uma grande mudançaMas num instante tudo se perdeuVocê seguiu o seu caminho e eu o meuDesde aquele momento busco teu olharProcuro feito louco o que me fez flutuarEu não sei seu nome, apenas vi o seu olharMas como nas mágicas você sumiu no arAgora sou um louco que vive a procurarPor um olhar cruzado que me faça sonhar
terça-feira, 22 de maio de 2012
Superficialidade do Ser
Às vezes me escondo em um sorrisoNuma superficialidade sem sentidoÀs vezes me sinto meio perdidoMeio sem chão, sem um destinoMeio badalo, meio sinoÀs vezes me sinto um inquilinoDa minha mente um assassinoÀs vezes me sinto meio ave de rapinaVilão perverso de mim mesmoHerói da minha própria sinaÀs vezes me arriscoMeio adulto, meio meninoÀs vezes só me rabiscoNessa superficialidade sem sentidoMeio maleável, meio arredio
quarta-feira, 16 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
Perder o Chão ou Estenda a Mão
É triste perder o chãoVê-lo se abrir ante a siCair no abismo da solidãoCorrer sem ter pra onde irÉ triste perder a o chãoA bússola que nos guiaE ainda assim continuarE ainda assim caminharÉ triste perder o chãoPerder o foco, a referênciaPerder o freio, perder a razãoÉ triste perder o chãoVê-lo se abrir ante siÉ triste cair, mas melhoraQuando alguém estende a mão
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Não Se Entregue
Cave fundoSe enterreEsse medoDa intempérieDesça maisVá com tudoNão se deixeSe entregueCave maisSeja breveSe escondaDa intempérieDesça o poçoCave a fossaNão tropeceNão se olheCave, caveMais, maisCorra, corraSe acovardeOu erga-seEncare tudoOlhe o mundoNão fique mudoOu erga-seGriteEsperneieSe revolteOu erga-seOlhe a voltaSe encorajeNão se entregue
domingo, 8 de abril de 2012
É Que Às Vezes a Gente Espera
É que às vezes machucaA expectativa que murchaAs promessas sem fimSem objetivo de cumprirÉ que às vezes faz malQuando alguém é especialMas é máscara que escondeDebaixo da carapaça o realÉ que às vezes a gente não vêOu não quer mesmo enxergarDaí entrega-se sem medoEsquece os muros e deixa entrarÉ que às vezes a gente esperaSabendo que não deve esperarMas aí é que a gente aprendeQue nós mesmos devemos voar
terça-feira, 3 de abril de 2012
Porto Seguro
Porto seguro, um abrigo, um abraço.Pra matar a saudade, pra matar a vontade.Porto seguro, um aconchego, um sorriso.Pra se livrar do cansaço, pra se livrar dos fardos.Porto seguro, eu procuro um. Um porto seguro.Onde calmamente eu possa chegar. E que me receba doce.Que me afague os cabelos. Que me olhe nos olhos. Que me compreenda.Porto seguro, eu procuro um. Todos procuram.Que seja maresia na tempestade. Que seja brisa no turbilhão.Que seja alento nas horas difíceis. Que seja companhia nas horas alegres.Porto seguro, eu procuro um onde eu possa me encontrar.
domingo, 1 de abril de 2012
Sou Eu Mesmo
Não sou de artifíciosNão preciso me esconderEu sou o que souSou poeta, sou românticoSou criança, sou velhoSou grão de areia, sou giganteNão sou de artifíciosEu sou quem eu souE não tenho medo de sê-loSou ator, sou inteiroSou poeta, eu escrevoSou dramático, sou eu mesmo
quinta-feira, 29 de março de 2012
Às Vezes Estranho
Às vezes estranhoDo estranhar verboÀs vezes estranhoDo substantivo diversoÀs vezes amávelDo trato agradávelÀs vezes amargoDo peso do fardoÀs vezes caladoDo grande enfadoÀs vezes caladoDo caso pensadoÀs vezes pedanteDo amor escravoÀs vezes distanteDo mesmo ladoÀs vezes caminhoDo verbo andanteÀs vezes caminhoDo substantivo difícil
terça-feira, 27 de março de 2012
A Viagem
A estrada passa rápidaMal vejo as luzes dos carrosVelozmente tudo fica pra trásAs montanhas mudam de formaO céu de repente muda de corEra dia, agora já é noiteAs nuvens dão lugar às estrelasA lua se aproxima no horizonteCidades aos poucos ficam pra trásSuas luzes são como estrelas no chãoPelos vidros eu vejo a estradaAs curvas, as retas, as paradasAs cidades, as luzes, os carrosO céu, as montanhas e as estrelasPelos vidros eu vejo a vida passarCélere, com pressa de chegarE assim segue-se a viagemEm busca do nosso lugar
domingo, 25 de março de 2012
Liberdade
As cores se misturamA aquarela se formaMiscelânea incrívelVisão do paraísoO infinito parece pertoNão existe impossívelA liberdade é evidenteMistura de horizontesAs cores se misturamOs quadros se multiplicamA visão não tem mais limiteTudo isso é a liberdade
sábado, 24 de março de 2012
Plantação
Olha as campinas verdejantesO trabalho do homem do campoA terra que acolhe a sementeO broto que cresce contenteO Sol que alimenta a plantaA chuva que umedece o chãoNum ciclo perfeito e beloQue dá vida à plantaçãoO homem prepara o soloRega a semente no chãoNo chão planta esperançaPlanta seu ganha pãoBela a vida do homem do campoA esperança que brota do chãoAlimento do rico e do pobreA sua luta não faz distinção
sexta-feira, 23 de março de 2012
A Música
A música toca a almaOs acordes transcendemA mente relaxa e viajaTodo o cosmos vibraA música toca a almaO erudito e o popularEla não distingue raça e credosToca a todos de modo singularA música toca a almaToca fundo, às vezes trás lágrimasO embalo dos amantes e dos saudososO refúgio dos compositoresA música toca a almaOrquestras, sinfonias, violas e guitarrasFortes e pesadas, suaves e calmasLetras, acordes, melodiasA música transcende o tempoÉ tal qual a doce poesiaToca a alma de quem ouve a melodia
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Saudade do Que Não Foi
Tenho saudade de tudo que não foiDo beijo que nunca te deiDo carinho que eu nunca fizTenho saudade de tudo que não foiDo que ficou apenas na vontadeDo que me fez sonhar acordadoTenho saudade de tudo que não foiDo amor que ficou só no sonhoDa alegria que não compartilhamosTenho saudade de tudo que não foiDo beijo, do carinho, do sonho, de tudoTenho saudade, mesmo que jamais tenha sido
Decisão
Eu insistoEm um sentimento sem futuroÉ mais forte do que eu,É mais forte do que tudoEu insisto nesse fardo,Nesse sentimento erradoEu sei que é hora de deixar pra trásMas tudo é tão complicadoMinha vontade não importaNão obedeço a mim mesmoInsisto no que eu não posso terParece sina que me persegueQue não me deixa em pazQuero encontrar outro confortoUm outro alguém, um novo rosto
Por mais que procureAinda que eu tenteToda vez que eu suspiroÉ você em minha menteTodo sonho que eu tenhoCada conquista e emoçãoÉ com você que quero dividirAs alegrias e as ilusõesEu sei que devo deixar pra trásMas por um tempoAinda vai permanecerO sentimento não é poucoNão é fácil esquecerEu te juro eu tentareiEu não quero mais sofrerPor mais que seja difícilSei o que tenho que fazer
Escolhas
EncruzilhadasO que é melhorEscolhasCaminhosDestinosDecisões que chegamEmbaralham a menteE as escolhas definemO destino a frenteEncruzilhadasO que é melhorArmadilhasPontesEstradasDecisões que chegamPra mudar o que se senteE são nossas escolhasQue mudam a vida da gente
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Quero Lhe Falar
Quero lhe falar do que aprendiCom as surras que vida me deuCom os desamores que ganheiCom os pontapés do destino cruelQuero lhe falar do que perdiDas horas que fiquei debruçadoSobre folhas de papéis espalhadosPondo meu amor em versos caladosQuero lhe falar do que sentiDa aceleração que me dá no peitoDa alegria infantil quando te vejoDa força que tem esse meu desejoQuero lhe falar do que aprendiDa força que tem um sentimentoDa dor que acompanha o nãoDo gelo que quebranta o coraçãoQuero lhe dizer tudo issoDas lições que eu aprendiDe tudo que sem perder eu perdiDesse sentimento que eu senti
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Por Que Te Amo
Por que te amo, vais me perguntarE como quem ama não saberei responderPois que simplesmente amo, não há um por quePor que te amo, vais me perguntarE como quem ama não vou poder lhe dizerPois que em palavras não consigo descreverPor que te amo, vais me perguntarPor que insisto, por que não desistoPor que me calo e continuo ao seu ladoPor que te amo, vais me perguntarPor que resisto ao silêncio e ao desamorPor que me entrego, por que suporto tantoPor que te amo, vais me perguntarE como quem ama não saberei responderPois que apenas amo, eu não sei o por que
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
A Razão e o Coração
É uma briga eternaEntre a razão e o coraçãoEnquanto um te pede que se jogueO outro que controle a emoçãoMuitas vezes você sofrePor ouvir o incauto coraçãoMas não se pode também apenasTer consigo a fria e apática razãoMelhor mesmo seriaQue os dois concordassemMas até na concordânciaExiste um grande senãoQue tudo também dependeDe um outro coraçãoMas que chegue então o diaEm que concordem por fimE que do outro lado estejaQuem mereça essa atençãoDaí então quem sabe enfimHaja paz entre a razão e a emoção
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
O Por do Sol
O Sol se pondo ao cair da tardeA imagem é bela, cheia de vida e de corO céu tão azul é o fundo e as nuvens brancasE os raios dourados do Sol aos poucos se indoO Sol se pondo ao cair da tardeComo dissesse com seus raios um até logoAos poucos se escondendo sereno no horizonteDizendo ante nossos olhos um adeus quente e longoO Sol de pondo ao cair da tardeNo horizonte se escondendo atrás das árvoresNas montanhas ao longe sumindo naquela direçãoParte belo e silencioso mas a imagem fica em nossa visão
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Não é Normal
Não é normal que me falte inspiraçãoNão que me falte o sentimento ou a emoçãoMas as palavras já não vêm tão cristalinasÉ difícil até mesmo construir as rimasNão é normal que me faltem palavrasNão que as fale, mas as deixo escritasMas já não vêm como antes vinhamVêm incertas, sem cor, indistintasNão é normal que me falte inspiraçãoNão que se tenha ido completamenteMas já não é mais como era antesQuando ao meu lado estava sempre
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Me Perdoe Por Não Saber Sentir
Tristeza veio a mimJunto com a admissãoPeço perdão por meus errosPerdão por meus exagerosO sentimento está fazendo malMe fazendo te perder de vistaA forma como me tocouMe fez perder a cabeçaInsisto em não mostrar o que sintoMe escondo atrás de jogos e risosÉ mais fácil, mas também doloridoE somente nas palavras eu admitoMe perdoe, não pelo que sintoÉ um sentimento puro e bonitoMe perdoe sim por te exigirMe perdoe por não saber sentir
Estou Vazio
Tenho me sentido vazioSem esperança que me alenteMeus olhos perderam o brilhoTenho me sentido vazioO que faço nada significaO que quero está longe de mimTenho me sentido vazioIrritado com tudo, com todosSem forças para os desafiosTenho me sentido vazioSem propósito, sem expectativasSem força, sem vontade, sem brioTenho me sentido vazioComo se as forças tivesse perdidoAcho que tenho me sentido sozinho
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Arco-Íris
O Sol às vezes se escondeNão da o ar de sua graça e canduraNo seu lugar se vêem nuvens escurasE então todo o céu chora sua ausênciaA chuva cai, relâmpagos, raios, trovõesEm prantos o céu reclama a presença do SolAté que ele volte se ouve os brados desesperadosO céu chora e a terra recebe os seus lamentosA tempestade reina até que as nuvens se vãoEntão mais tranqüilo o céu recebe seu grande atorO Sol volta à cena reluzente, soberano em seu esplendorE seu encontro com as lágrimas, no arco-íris se faz cor
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Ouve o Silêncio
Ouve o silêncio dos que falamMas que nada dizem em seu dizerO silêncio das palavras gritadasOuve agora o grito dos que silenciamMas que tanto dizem em seu silêncioO brado das palavras que não são ditasOuve e presta atenção ao que dizemOs que gritam e os que silenciamPercebe então qual deles diz maisO silêncio dos que bradamOu o grito dos que silenciamEis a resposta a tal questãoTeu grito aos que silenciamTeu silêncio aos que bradam
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Às Vezes Acho Que Mereço Mais
Às vezes acho que mereço maisMais respeito, mais consideraçãoMais sorrisos, mais admiraçãoMais carinho, mais atençãoÀs vezes acho que mereço maisMais palavras, mais sins, menos nãosMereço um pouco mais de apreçoMereço um pouco mais de respeitoÀs vezes acho que mereço maisQue me ouça mais, que me olhe maisQue perceba mais, que se atente maisQue eu não seja apenas um a maisÀs vezes acho que mereço maisNão que não se esforces bastanteMas em dobro me desdobro antesE em metade somente se fazes
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Uma Palavra
Uma palavra é começoUma palavra é fimUma palavra é muitoUma palavra é poucoUma palavra é tudoUma palavra é nadaUma palavra é fogoUma palavra é geloUma palavra é luzUma palavra é sombraUma palavra é caríciaUma palavra é insultoUma palavra é chegadaUma palavra é partidaUma palavra é partilhaUma palavra é solidãoUma palavra é simOutra palavra é não
domingo, 29 de janeiro de 2012
Vou Me Jogar
Vou me jogar em teus braçosSe não encontrá-los entendereiVou então me jogar no abismoE sei que lá eu os encontrareiE vais me segurar em teus braçosE perguntar-me-ás se enlouqueciResponderei que não, que louco já eraDesde o momento em que te conheciE novamente dirás que estou loucoResponderei que enlouqueci aos poucosQue as estrelas foram testemunhas minhasDas loucuras que punha em algumas linhasDaí então talvez você compreendaQue apenas sabia que me segurariaEra certeza dessas que são intrínsecasQue do abismo você me salvaria
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Mundo Mundo Perfeito Mundo
Mundo tão vasto como já disse o poetaMe perco em seus caminhos diversosMe perco em sua estradas, em suas vielasMundo severino disse outro poetaMe jogo em suas redes de angústiasEm seus mares de lágrimas e amargurasMundo belo como devem ter dito outros poetasMe aventuro em sua beleza desconhecidaEm suas veredas, em seus pontos de interrogaçãoMundo mundo vasto mundo, mas isso já é de outroMundo mundo perfeito mundo, ensina-me tuas liçõesE simples como és responde às minhas interrogações
domingo, 22 de janeiro de 2012
Energia que Transborda
Olhos que me chamam atençãoEnergia pura, contagianteO sorriso sempre no rostoA alegria que espalha no arE o seu corpo acompanhaEnergia dos pés à cabeçaExplode na dança em que se soltaE solta se liberta dos seus medosContagia quem está pertoEntra na dança sem limitesOs seus olhos dizem tantoE ela nem sequer sabeOlhos que me chamam atençãoQue brilham, que contagiamA força de uma giganteEnergia que sobra, que transborda
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Fiquei Parado
Eu fiquei parado no instante em que eu te viNaquela hora mágica em que te conheciE desde então eu não pensei mais em mimE desde então foi só você que eu quisAgora vem consertar essa paixãoVem dizer pra mim que também me querDepois de tanto tempo eu não me esqueciDesde àquela hora foi só você que eu quisAgora vem me mostrar o caminhoPra chegar até o seu coraçãoPorque eu ainda penso em tiPorque eu ainda não desistiEu fiquei parado naquele instanteNa primeira vez em que eu te viEu já não consigo e nem quero esconderHoje tudo o que eu mais quero é você
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Um Amor Que Não Existe Mais
Guardei um amor que já não existe maisGuardei somente pra entregar a vocêUm amor que é além, que é muito maisUm amor desses que já não se fazGuardei um amor que ultrapassa a mimGuardei somente pra entregar a vocêUm amor que é maior, que é sem limitesUm amor desses que já não existe maisGuardei um amor desses que já não se fazGuardei somente pra entregar a vocêUm amor sem outro igual, sem parUm amor desses que já não existe mais
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Eu Te Amo
Eu te amoNão importa comoSe como pai,Ou como irmãoEu te amoNão importa comoSe como amigoOu como homemEu te amoNão importa comoSe como santoOu como insanoEu te amoNão importa comoSe como espertoOu como toloEu te amoNão importa comoSe como amigoOu como homemEu te amoNão importa comoSe em demasiaOu muito poucoEu te amoE isto basta
domingo, 8 de janeiro de 2012
Mais Um Escrito
Pus-me a pensar em que escreverE nem sequer uma palavra me veioComo uma abstinência que me desseDo ópio sagrado dos versos caladosOs versos calados que calam meu serPrisioneiros do meu próprio medoLibertos nas palavras que escrevoComo os brados de minha alma difícilE como o ópio a palavra me é alívioOs versos calados ganham vozDa garganta já não saem como gritoPois ganham vida em mais um escrito
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
O Último beijo
Sonho de nós mortaisEncontrar a pazNos doces braçosCom que nos abraçaEssa terrena interrogaçãoQue nos assombraO temido fimPor vezes desejadoEm seu doce embaloEm seu canto agridoceQue chega calmoOu então vem repentinoEntregue-se serenoE não tenha medoOlhe em seus olhosE receba da morteO terno abraçoE seu último beijo
Silêncios
Silêncios repentinosSilêncios repetidosAssombrosos artifíciosInsensatos desafiosSilêncios armadosSilêncios marcadosOlhares vívidosAmargor sentidoSilêncios repentinosSilêncios armadosSilêncios repetidosSilêncios marcados
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
É Bom Estar Ao Seu Lado
É tão bom estar contigoCompartilhar do teu risoInterpretar teus olharesFicar perto mesmoComo apenas um amigoÉ tão bom ver seu sorrisoRir das suas caras e bocasRindo das que são minhasE tão bom estar pertoTão bom estar contigoEstar no mesmo espaçoTer contigo um tipo de laçoÉ bom estar ao seu lado
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